domingo, 23 de janeiro de 2011

Klester Cavalcanti jornalista investigativo


O jornalismo investigativo é caracterizado pelo trabalho excepcional de profissionais que desvendam fatos e mistérios, transformando-os em notícias de interesse público. Nesta área só conseguem se destacar jornalistas talentosos e que buscam a fundo as preciosas informações sem desistir.

Atualmente, um dos nomes mais importantes no cenário do jornalismo investigativo é Klester Cavalcanti. O jornalista e escritor com mais de 15 anos de carreira apresenta seu trabalho em três livros já publicados. Por suas reportagens e livros, conquistou alguns dos mais importantes prêmios de jornalismo e literatura do Brasil e do mundo. Entre eles, ganhou duas vezes o Prêmio Jabuti de Literatura, a mais importante premiação literária no ambiente nacional.

O primeiro livro escrito por Klester Cavalcanti chama-se "Direto da Selva". A obra relata histórias surpreendentes que viveu durante dois anos de trabalho como correspondente da revista Veja na Amazônia. Já o segundo livro, "Viúvas da Terra", o jornalista trata a grave questão da violência agrária no Brasil, obra vencedora do Prêmio Jabuti de Literarura no ano de 2005.

Em 2007, o jornalista publica "O nome da Morte". O livro trás a história real de um assassino de aluguel que matou aproximandamente 500 pessoas no Brasil. A obra, que rendeu a Klester Cavalcanti mais um Prêmio Jabuti de Literatura em sua carreira, tornando-o um dos poucos jornalistas do país a receber dois Prêmios Jabuti na categoria Livro-reportagem, é o único livro já escrito no mundo que conta com a história real de um matador de aluguel ainda vivo e em liberdade. O livro ainda trás relatos de nomes verdadeiros de todos os envolvidos, como mandantes, vítimas e outros personagens.

Em uma das muitas e sensacionais histórias, o livro descreve a captura do então guerrilheiro José Genoino, durante a Guerrilha do Araguaia. Na época da guerrilha, o personagem principal do livro, o matador Júlio Santana, tinha apenas 17 anos e trabalhava como guia do exército nas matas da região e foi justamente Júlio, quem atirou em José Genoino, possibilitando sua captura.

"O nome da Morte" é resultado de um trabalho exemplar de jornalismo investigativo de Klester cavalcanti. As histórias presentes no livro foram relatadas pelo próprio personagem central, o matador, complementadas por apuração de documentos e outras fontes envolvidas. "A fonte que entrevistou com certeza estava no grupo responsável pela minha captura no Araguaia, pois você conta detalhes que nunca relevei a ninguém", declara Genuíno ao jornalista, confirmando a apuração realizada com o assassino. O livro ainda trás a descrição do crime encomendado pelo prefeito de uma cidade em Goiás, no qual pagou pela morte do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do local.

Por suas histórias reais e completas, os livros "Viúvas da Terra" e "O Nome da Morte" já estão sendo adaptados para o cinema. Por sua experiência, Klester Cavalcanti é constantemente convidado a dar palestras em universidades pelo Brasil. Geralmente, ele fala de temas como Jornalismo Investigativo, Livro-Reportagem, Jornalismo Ambiental e Jornalismo em Revista, temas que ele domina com muita propriedade. As palestras do jornalista são sempre muito interessantes e conta com participação ativa dos estudantes.

Sobre o jornalista

Klester Cavalcanti trabalhou em algumas das maiores publicações do Brasil, entre elas Veja, Viagem e Turismo, Terra, Vip e IstoÉ. Com mais de 15 anos de carreira o jornalista já conquistou alguns dos mais importantes prêmios de jornalismo e de literatura do Brasil e do mundo. Atualmente, trabalha como editor de cultura do Jornal da Tarde do grupo Estado de São Paulo e editor da Revista JT, que circula juntamente com o jornal aos domingos. Klester ainda viaja todo o Brasil e exterior, ministrando palestras e compartilhando suas experiências sobre jornalismo investigativo e jornalismo literário.

Por Patrícia Leris

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